Você já ouviu falar em task masking? Esta prática, que está ganhando força no ambiente de trabalho, refere-se ao ato de fingir estar ocupado quando, na verdade, não se está realizando tarefas produtivas. Assim, é uma forma de “mascaramento” comportamental que tem chamado a atenção de profissionais e gestores. Além disso, essa prática tem se tornado particularmente comum entre a Geração Z, que, muitas vezes, busca formas de lidar com a sobrecarga de trabalho ou com ambientes que não oferecem tarefas suficientemente desafiadoras.
O que é Task Masking?
Task masking envolve a criação de uma ilusão de produtividade. Os colaboradores que adotam essa prática utilizam diversas técnicas para parecer ocupados, mesmo quando não estão efetivamente trabalhando. A seguir, veja algumas estratégias comuns incluem:
- Fazer frequentes pausas para beber água ou ir ao banheiro.
- Apontar para a tela do computador e fazer gestos como se estivesse discutindo algo importante
- Manter várias abas de trabalho abertas no navegador.
- Levar o computador para várias áreas da empresa, simulando que está entrando e saindo de call importantes.
- Falar ao telefone sem ninguém do outro lado da linha ou fazer ligações pessoais em horário de trabalho e fingir que são ligações profissionais.
- Escrever em um caderno, simulando anotações importantes.
Por que as Pessoas Recorrem ao Task Masking?
Existem várias razões pelas quais alguns profissionais adotam o task masking:
- Medo de parecer improdutivo
- Ansiedade relacionada ao trabalho
- Falta de engajamento com as tarefas atribuídas
- Pressão por estar sempre ocupado
- Cultura organizacional que valoriza mais a aparência de trabalho do que resultados reais
- Ato de rebeldia. Um colaborador insatisfeito com as políticas da empresa que age de má-fé por ser contrariado, ou por ter que seguir regras as quais ele não concorda.
Segundo matéria publicada na Forbes, embora esse tipo de comportamento não seja uma novidade no ambiente corporativo, vídeos no TikTok sobre o assunto já ultrapassam 1,1 milhão de visualizações. Além disso, o movimento ganhou força especialmente após grandes empresas, como AT&T e Amazon, exigirem a volta do trabalho presencial. Clique aqui e leia a matéria completa.
O Impacto do Task Masking nas Organizações
O task masking pode ter consequências significativas para as empresas, pois, ao fingir estar ocupado, os funcionários deixam de realizar tarefas produtivas, impactando diretamente na eficiência e no desempenho organizacional, por exemplo:
- Redução da produtividade real
- Aumento do estresse e burnout entre os funcionários
- Diminuição da confiança entre colegas e gestores
- Dificuldade na avaliação precisa do desempenho dos colaboradores
Task Masking e o CIS Assessment
O CIS Assessment, uma ferramenta de avaliação de perfil comportamental, pode oferecer uma perspectiva importante sobre a propensão de um colaborador ao task masking. Ademais, o teste fornece um mapeamento detalhado da personalidade e das competências de um indivíduo, incluindo mais de 80 tipos de informações sobre o perfil analisado, além de avaliar quatro dimensões principais do comportamento: Dominância, Influência, Estabilidade e Conformidade.
Assim, compreender esses perfis comportamentais pode auxiliar as organizações a desenvolver estratégias de gestão personalizadas e criar ambientes de trabalho que desencorajem essa prática.
No entanto, é importante frisar que práticas como esta podem sinalizar questões que vão além dos perfis comportamentais:
- Liderança mais preocupada com tarefas do que com resultados: uma liderança que está sempre preocupada se o colaborador está ocupado e não se está de fato produzindo não apenas pode estimular o task masking quanto demorar a identificar a prática entre seu time.
- Falta de inteligência emocional: se valer de Task Masking para “protestar” contra o trabalho presencial, mostra falta de habilidade emocional do colaborador para debater de forma coerente e madura com a liderança, além de incapacidade de lidar com o “não” e com a frustração.
- Indícios de desvio de caráter: um colaborador que finge trabalhar está mentindo para a empresa, para os colegas e para a liderança direta. Também é provável que sua atitude esteja gerando sobrecarga em outras pessoas do time. Tais atitudes são indicativos de desvio de caráter.
Como Combater o Task Masking
Para criar um ambiente de trabalho mais autêntico e produtivo, as empresas podem adotar algumas estratégias:
- Foco em resultados: Avaliar o desempenho com base em entregas concretas, não em horas trabalhadas.
- Comunicação aberta: Incentivar o diálogo honesto sobre carga de trabalho e expectativas.
- Flexibilidade: Oferecer opções de trabalho flexível para acomodar diferentes estilos de produtividade.
- Cultura de confiança: Construir um ambiente onde os funcionários se sintam seguros para serem transparentes sobre suas atividades.
- Treinamento de liderança: Capacitar gestores para reconhecer e abordar o task masking de forma construtiva.
O Futuro do Trabalho e o Task Masking
Num futuro próximo, é provável que vejamos mudanças significativas na forma como o trabalho é percebido e avaliado. Sendo assim, com o aumento do trabalho remoto e híbrido, as empresas precisarão adaptar suas métricas de produtividade e engajamento.
O task masking pode evoluir ou diminuir, dependendo de como as organizações se adaptarem a essas novas realidades. Por tanto, a chave está em criar culturas que valorizem a autenticidade, a inovação e o bem-estar dos funcionários, em vez de simplesmente a aparência de estar ocupado.
Desafios e Soluções
O task masking é um fenômeno complexo que reflete desafios mais amplos no ambiente de trabalho moderno. Ao compreender suas causas e impactos, e utilizando ferramentas como o CIS Assessment, as organizações podem criar estratégias eficazes para promover uma cultura de trabalho mais autêntica e produtiva.
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